Dados do Trabalho

Título

VARIAÇÃO DO δ18O AO LONGO DOS ANÉIS DE CRESCIMENTO

Introdução

Os anéis de crescimento na madeira são importantes indicadores ambientais devido a quantidade de informações que podem ser extraídos deles. Os anéis são formados durante a formação da parede celular vegetal e os componentes químicos majoritários são C, H e O.
O crescente interesse no isótopo estável 18O está na possibilidade de ser um traçador ideal em virtude de ser um componente molecular da água, logo, sendo possível distinguir diferentes fontes e origens desta. Essa característica quando relacionada a outros parâmetros ambientais se apresenta como uma importante ferramenta para indicação de origem geográfica.

Objetivos

Analisar a variação da composição isotópica (δ18O) ao longo do raio de 4 espécies florestais em diferentes tempos de extração.

Parte experimental

Foram utilizadas 4 espécies florestais oriundas de Rorainópolis-RR, das quais foram preparadas lâminas transversais de 2,2 mm e demarcados pontos no sentido da medula-cerne, cerne, alburno e alburno-casca. Das lâminas obtidas, uma foi submetida ao tratamento químico para obtenção da α-celulose antes de ser analisada isotopicamente (18O / 16O), enquanto a outra foi analisada na sua forma amostras intacta. Para a análise dos resultados foi utilizado o pacote lmerTest do Software R Studio.

Resultados e Discussões

No estudo não foram observadas variações do δ18O ao longo do raio nas lâminas de madeira e de celulose. O tamanho do efeito ao longo do raio foi muito pequeno (d ≤0.08). Contudo, há probabilidade de diferença do δ18O quando comparamos o valor isotópico da medula com os resultados próximos a casca(d≥1).Leavitt, 2010 relatou que a variação circunferencial isotópica dentro da árvore é baixa, cerca de 0.5 a 2 ‰, para o δ18O. Enfatiza-se a necessidade de mais pesquisas que forneçam dados do δ18O no decorrer do raio.

Conclusões

Não há enriquecimento ou empobrecimento do 18O ao longo do raio da madeira ou da celulose, é um bom indicativo para ser utilizado como ferramenta de rastreamento.

Referências e agradecimentos

Leavitt, Steven W. Tree-ring C–H–O isotope variability and sampling. Science of the Total Environment.2010

Os autores agradecem à coordenação da CAPES, Programa de Cooperação Acadêmica em Segurança Pública e Ciências Forenses (PROCAD – SPCF).

Palavras Chave

Amazônia, Isótopos estáveis.

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Área

Isótopos Forenses