Dados do Trabalho
Título
BANCO DE PERFIS GENETICOS FORENSE DO RIO GRANDE DO SUL COMO FERRAMENTA PARA AUXILIAR NA IDENTIFICAÇAO DE PESSOAS DESAPARECIDAS.
Introdução
O Banco de Perfis Genéticos (BPG) cruza perfis genéticos de restos mortais e de familiares de pessoas desaparecidas, na busca por vínculos genéticos. Os estados que mais inseriram perfis de restos mortais até maio/2022 são: PE (789 perfis), GO (677), AM (580), PA (560) e RS (554) (RIBPG, 2022). Em inserções de árvores genealógicas (quando se tem o perfil do familiar), o RJ é o líder (986 árvores), seguido pelo RS (517) e SP (487). O RS é o líder em identificações, com 69, número três vezes maior que o segundo colocado, Goiás, com 24 identificações. Pode-se perceber que não necessariamente um maior número de inserções de perfis gera mais ranks.
Objetivos
Descrever variáveis possivelmente relacionadas com o alto número de ranks no Banco de Perfis Genéticos de Desaparecidos do Rio Grande do Sul.
Parte experimental
Foram utilizados os boletins de ocorrência para analisar distância e tempo entre desaparecimento e encontro do cadáver. Para as análises genéticas foram consultados os perfis e as árvores genealógicas no software CODIS. Dados avaliados até maio/2022.
Resultados e Discussões
Foi encontrado o valor médio de 23,95 (±47) km e 2,67(±14) anos entre o local de desaparecimento do indivíduo e o local de encontro do cadáver. Através da análise de árvores genealógicas, foram encontradas 47 árvores (71,2%) com apenas um familiar (Figura 1). Entre os ranks, 45 (68,18%) indivíduos que doaram material genético foram pai ou mãe, 21 (31,8%) foram filhos e 3 (4,5%) foram irmãos.
Pode-se perceber que a maioria dos ranks foi obtida com apenas um familiar na árvore. Isso pode ser uma das causas de alto numero de ranks no RS uma vez que em alguns estados é requerido 2 ou mais familiares para inserção no banco. Outro motivo pode ser a prioridade que o laboratório do RS dá, há anos, em obter e inserir no banco os perfis genéticos de restos mortais, mesmo que não se tenha um familiar para comparação.
Conclusões
Os fatores descritos na discussão em conjunto podem ser o motivo de sucesso do estado do RS em identificações com utilização do BPG.
Referências e agradecimentos
RIBPG. XVI RELATÓRIO DA REDE INTEGRADA DE BANCOS DE PERFIS GENÉTICOS. Brasília: Comitê Gestor RIBPG, 2022.
Palavras Chave
Desaparecidos, Banco de Perfis Genéticos, CODIS.
Arquivos
Área
Genética Forense
Instituições
Instituto Geral de Perícias - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
VIVIAN ALTMANN, MILLA PAIM DREHER, GUSTAVO LUCENA KORTMANN, CECILIA FRICKE MATTE, JULIA PASQUALINI GENRO