Dados do Trabalho

Título

ESTUDO DE MICROVESTIGIOS DE SOLO ADERIDOS EM FUZIL: APLICAÇAO AO CASO DO ‘NOVO CANGAÇO’ EM VARGINHA (MG)

Introdução

Após operação policial ocorrida em MG contra ações do ‘Novo Cangaço’, foram periciados dois locais de crime, dos quais foram coletadas amostras controle de solo. Em parceria com a Polícia Científica do Paraná, confrontou-se as amostras com resíduos de solo recuperados de um fuzil (Figura 1).

Objetivos

Os exames visaram caracterizar os vestígios de solo, com o intuito de confrontá-los com amostras controle coletadas nas cenas de crime.

Parte experimental

Foram adotadas técnicas analíticas microscópicas, espectroscópicas e difratométricas, a fim de obter dados qualitativos e quantitativos acerca da composição química e mineralógica dos materiais.

Resultados e Discussões

A fração arenosa do solo aderido no fuzil não apresentou diferença significativa (p > 0,05) entre teores de Si, Al, Fe, Ti e Zr com relação ao ‘Local 2’ - enquanto que, com o ‘Local 1’, os teores dos elementos majoritários divergiram em relação à média. Em termos mineralógicos, foram encontradas em comum espécies como quartzo, feldspato, granada, piroxênio/anfibólio, biotita, muscovita, caulinita, hematita e rutilo. A geotermometria de Ti em biotitas do solo do fuzil (Figura 2) foi entre 614 e 918°C.

Conclusões

Com base nas análises, pôde-se obter um grau de compatibilidade alto a muito alto (terminologia CAFSS) entre os resíduos de solo do fuzil e a amostra do ‘Local 2’, com similaridade de Bray Curtis de 96,3%. Além disso, as interpretações também sugerem que ambos os materiais possuem a mesma origem geológica.

Referências e agradecimentos

Aos SEPLOC, SEPENG e SEPGEO do INC/DITEC, pelo suporte nas análises.

Palavras Chave

Microvestígio, Solo, MEV/EDS.

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