Interforensics 2023

Dados do Trabalho


Título

BOAS PRATICAS NA CRIAÇAO DE UM LABORATORIO DE PERICIAS PAPILOSCOPICAS NA DELEGACIA DE HOMICIDIOS DA BAIXADA FLUMINENSE (RJ)

Introdução

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) é a especializada na apuração de crimes de homicídios ocorridos na Baixada Fluminense (RJ).
A perícia papiloscópica realizada no Estado do Rio de Janeiro concentrava boa parte das perícias em laboratório em um único órgão: no Instituto de Identificação Félix Pacheco (IIFP). Buscamos enfrentar esse problema que era a inexistência de um laboratório próprio, nas dependências da DHBF.

Objetivos

A ação realizada na DHBF objetivou criar um laboratório próprio, facilitando a perícia nos objetos apreendidos, tanto no aspecto técnico de revelação de vestígios de impressões papilares, quanto no aspecto pragmático, dado que a celeridade do processo se mostraria evidente.

Parte experimental

A criação de um laboratório próprio teve como premissa uma construção artesanal, com aproveitamento de materiais, desde as divisórias do ambiente propriamente dito, até a utilização de uma adega de vinho que se transformou em uma câmara de vaporização de cianoacrilato.

Resultados e Discussões

A inexistência de um laboratório próprio evidenciava, resumidamente, dois problemas: (i) transporte do material apreendido poderia danificar eventual vestígio de impressão papilar existente e (ii) o tempo para realização da perícia era maior do que é feito atualmente.
Com a criação de um laboratório próprio, os peritos da DHBF alcançaram um aumento significativo no número de objetos apreendidos, elevando de 9 para 41 objetos periciados, o que representa um aumento de 925%. As perícias em laboratório ajudaram a resolver alguns casos, como o homicídio de um policial penal, ocorrido em Duque de Caxias (RJ).

Conclusões

A DHBF conseguiu criar um laboratório de forma artesanal, lançando mão de itens não-usuais, como uma adega de vinho e obteve resultados interessantes no que diz respeito ao número de objetos apreendidos e vestígios de impressões papilares devidamente positivados.
Além do resultado alcançado, a ação realizada pela DHBF foi a 1ª colocada na “Premiação por Boas Práticas” [1], no resultado do 2º semestre de 2021, premiação concedida no âmbito da Secretaria de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

Palavras Chave

Papiloscopia, Laboratório, Boas Práticas

Arquivos

Área

Áreas forenses

Instituições

Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

FABIO DA SILVA HIRAMOTO